Jatobá
Hymenaea courbaril
Conheça o Jatobá, um fruto exótico e nutritivo
O Jatobá, jatobazeiro ou apenas Jatobá, é uma árvore da família das fabáceas. É a espécie arbórea dominante na floresta estacional semi-decidual sub-montana. A espécie pode alcançar 40 metros de altura e 2 metros de diâmetro, embora uma árvore tenha atingido 95 metros na Amazônia. As folhas são compostas por 2 folíolos, semidecíduas, coriáceas, com seis a 14 cm de comprimento e 3 a 5 cm de largura. A floração ocorre na época de seca do ano e a frutificação ocorre cerca de 4 meses depois.
Além de ser rico em fonte de energia, o Jatobá também é tido em alta consideração em lugares como Panamá e Costa Rica devido às suas características afrodisíacas, especialmente nos homens. Estudos que têm sido realizados no que diz respeito a esta provaram que o fruto tem a capacidade de aumentar o desejo sexual nos homens. Embora não tenha sido concluída porque as exposições de frutas tais propriedades, é amplamente usado por pessoas de todas as esferas da vida para isso.
Fruto: Tipo legume, alongado e arredondado, coriáceo, indeiscente, de coloração marrom-avermelhada e brilhante quando maduro. Sementes envoltas em polpa farinácea, de cor branco-amarelada e de sabor adocicado, aromática.
Frutificação: Primavera e verão
Então, confira os benefícios do jatobá :
Valor nutricional do jatobá: O Jatobá é rico em Cálcio, Fósforo, Ferro, Potássio, Magnésio e Vitamina C. Ele possui mais Potássio que a banana e mais Cálcio que o leite!! Hoje em dia é considerada um energético natural.
Propriedades medicinais do jatobá: Há muitas décadas atrás a árvore jatobá é utilizada como alimento através de seus frutos, além dos fins medicinais. Entre suas principais propriedades estão:
► Adstringente;
► Antibacteriana;
► Antiespasmódica;
► Antifúngica,
► Anti-inflamatória;
► Antioxidante;
► Aperiente;
► Balsâmico;
► Descongestionante;
► Diurética;
► Estimulante;
► Estomáquica;
► Expectorante;
► Fortificante;
► Hepatoprotetora;
► Laxativa;
► Peitoral;
► Tônica;
► Vermífuga.
Rico em vitaminas e minerais: Por ser Rico em minerais como cálcio, ferro, fósforo, potássio, magnésio e vitamina C, o Jatobá pode ser nosso aliado em muitos problemas de saúde. O ferro encontrado na farinha ou pó da fruta e na casca combate anemia.
Para fortalecer os ossos: O cálcio Presente no Jatobá tem proporções maiores do que o encontrado no leite, sendo indicado para fortalecer os ossos e o potássio é maior do que o encontrado na banana, fazendo do fruto um aliado no controle da pressão arterial, em casos de câimbras. Além do fruto, podemos obter benefícios do Jatobá através do chá das folhas e da resina da casca da árvore.
Para tratar a depressão: Entre os benefícios do Jatobá temos o combate da depressão e ansiedade, o que foi comprovado por estudos feitos na Universidade Federal de Mato grosso, onde os flavonoides encontrados no Jatobá, os mesmo das frutas vermelhas, uva e derivados, atuam no sistema nervoso central melhorando o quadro depressivo.
Para combater dores nas costas: Poderoso anti-inflamatório, o Jatobá combate dores na coluna vertebral. A dica é deixar de molho na água ou ferver uma lasca da casca da árvore ou 2 colheres de sopa num litro de água e beber uma colher das de sopa do líquido obtido 3 vezes ao dia.
Benefícios do jatobá como xarope: Com o jatobá se faz um poderoso xarope feito com a casca da árvore para combater bronquite, asma, gripe e tosse, a dica é triturar em pequenos pedaços uma lasca de + ou – 15 cm da casca da árvore, ferver com água 1 litro de água e outras ervas expectorantes, coar e reduzir pela metade com açúcar. Depois de frio acrescente mel de abelhas. Esta receita não é indicada para diabéticos. Você terá um xarope avermelhado e espesso.
Benefícios do jatobá como diurético: Por ser diurético, o chá das folhas ou casca de Jatobá combatem infecções urinárias e ajuda emagrecer, por eliminar o excesso de água e o inchaço. O chá do Jatobá, o fruto é indicado em casos de PSA alto, previne câncer da próstata, prostatite, problemas estomacais, úlceras, gastrites, gases. O chá das folhas ou da casca combate diarreia, melhora o sistema imunológico, combate fungos e micose da unha, baixa a glicemia e melhora as funções do fígado.
Receitas - Como usar o jatobá?
As partes usadas do jatobá são as suas folhas, a casca e as suas sementes. Veja a seguir as maneiras de utilização da erva, além do chá:
► A polpa desta árvore é ingerida in natura e também na forma de licores, geleias, farinhas para pães, bolos e mingaus;
► A polpa dos frutos, ao ser cozinha e misturada com leite quente e açúcar, é usada para agir contra a tosse, bronquite, asma, enfisema pulmonar e frieira (ou pé de atleta);
► Como resina, é usada no tratamento de problemas no sangue e como fortificante.
► O vinho preparado com a casca de jatobá é tônico, fortificante, antioxidante e rejuvenescedor.
► A decocção da casca e das folhas trata dores de estômago, do peito e das costas; fraturas, artrite, diarreia, dentre outros males.
Jatobá é uma árvore que pode ser utilizada como planta medicinal no tratamento de problemas gastrointestinais ou respiratórios.
O fruto é comestível e tem uma casca bem dura, que tem 40% de água. A polpa é rica em minerais, como potássio, cálcio, magnésio, ferro e fósforo, e também em vitamina C. Vale ressaltar que ela tem mais potássio do que a banana e mais cálcio do que o leite. Essas características fazem dela uma ótima alternativa para o fortalecimento de ossos e músculos, sem contar que pode ser considerada um energético natural.
O tronco produz uma seiva também muito nutritiva. Uma dica de consumo é misturar uma colher de café da seiva em um copo de água e adoçar com mel, tomando uma vez ao dia. A seiva colabora com o fortalecimento do sistema imunológico e ameniza os sintomas da cistite aguda.
O consumo da farinha preparada a partir da polpa do fruto é muito comum. O valor nutricional é igual ao do fubá de milho e superior ao da farinha de mandioca. A farinha de jatobá pode ser utilizada no preparo de bolos, pães, mingau e pode ser misturada à farinha de trigo, por exemplo. Para preparar, raspe as sementes com uma faca para obter a polpa. Bata no liquidificador e, depois, passe na peneira.
Xarope de Jatobá + Jucá + Eucalipto
Quando e como usar o xarope caseiro do jatobá com jucá e eucalipto medicinal:
Indicações: Tosse, gripe e catarro no peito.
Modo de usar: Tomar uma a duas colheres das de sopa, três vezes ao dia. Crianças: tomar a metade desta dose. Fazer o tratamento durante o tempo necessário à cura.
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Colocar para ferver, em uma panela esmaltada ou de inox, uma xícara das de chá de pequenos pedaços da entrecasca do jatobá para cada xícara das de chá de água.
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Deixar ferver por cinco a dez minutos.
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Apagar o fogo e deixar tampado.
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Deixar esfriar.
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Coar.
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Levar ao fogo baixo, em uma panela também esmaltada ou de inox, uma mistura de uma xícara das de chá de açúcar para cada xícara de chá do jatobá.
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Acrescentar três vagens de jucá e três folhas do eucalipto medicinal.
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Mexer sempre.
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Cozinhar até formar uma calda.
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Apagar o fogo.
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Deixar tampado por duas horas.
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Guardar em vidro apropriado e limpo.
Contraindicações : Para gestantes, lactantes, diabéticos, crianças menores de um ano e pessoas com história de sensibilidade a alguma planta incluída no xarope caseiro.
Informações
O uso do xarope caseiro tem a finalidade de facilitar a eliminação do muco acumulado nos brônquios durante a gripe. A forma açucarada dos xaropes caseiros é para facilitar sua administração, pois muitas vezes as plantas medicinais usadas possuem sabor desagradável, especialmente para as crianças.
A presença do açúcar, por um lado, permite a conservação por mais tempo; por outro, podem fermentar com facilidade; mas, para evitar esta fermentação, ele deve ser guardado em recipiente limpo, fechado, de preferência na geladeira e por um período de três a cinco dias. A higiene durante a preparação é essencial.
Chá de Jatobá
Como preparar:
As partes utilizadas do jatobá - Casca do tronco da árvore seca.
Colocar 2 colheres de sopa das cascas numa panela com 1 litro de água e deixar ferver por 15 minutos.
Beber 3 xícaras ao dia.
Casca de Jatobá para cicatrizar feridas
A casca de jatobá é um ótima para cicatrizar feridas, pois ela possui propriedades antibacterianas e anti-inflamatórias que facilitam a cicatrização e evitam a infecção, e ação antioxidante e estimulante, que ajudam ao desenvolvimento de uma nova pele lisa e macia.
Ingredientes:
2 colheres (de sopa) de casca de jatobá
1 litro de água
Modo de preparo
Colocar as cascas devidamente limpas em uma panela juntamente com a água e deixar ferver por 15 minutos. Depois deixar esfriar, coar e beber a seguir. O chá pode também ser utilizado para lavar as feridas. Basta molhar uma gaze ou uma bola de algodão neste chá e aplicar sobre a ferida, deixando atuar por 15 a 20 minutos.
Quando a ferida começar a criar uma "casquinha" não se deve retirá-la porque ela protege contra a entrada de micro-organismos. O que se pode fazer para ajudar na cicatrização é tomar 1 copo de suco de laranja concentrado porque ele é rico em vitamina C, que ajuda na regeneração dos tecidos.
Cultivando
Nome : JATOBÁ vem do Tupi Guarani e significa: “Fruto de casca dura”. Também é chamada de Jatobá do Mato, Jataiva, Jutaí Açu e Fruta chulé (por causa do cheiro da casca).
ORIGEM: De diversos ecossistemas, principalmente na floresta atlântica, no Pantanal mato-grossense, nas matas de galeria dos rios do cerrado, na bacia do rio Paraná e no baixo rio Paranaíba em Minas Gerais e mais comumente encontrada na floresta semidecidual submontana da região sudeste. Aparece de norte a sul do Brasil.
CARACTERISTICAS: Quando cultivado cresce de 8 a 15 m de altura com diâmetro de 40 a 80 cm na DAP (altura do peito). A copa é arredondada, desigual e os galhos são bifurcados e irregulares, o tronco é reto, cilíndrico, com até 15 m de altura na floresta. A casca é cinza clara com manchas irregulares esverdeadas quando a planta é jovem (até 8 anos), esta tem uns 10 mm de espessura é lisa e mais áspera quando envelhece, tornando-se reticulada (com pequenas verrugas) ou com pequenos sulcos superficiais. Os ramos jovens são glabros (sem pelos), esverdeados, tornando-se castanho acinzentados a medida que envelhece. As folhas são bifoliadas (com 1 par de folíolos), brilhantes, cartáceos (com textura de cartolina), com forma de pata de vaca, os quais são avermelhados na brotação. O pecíolo (haste ou suporte) é de cor creme esverdeado, mede 1,6 a 2,8 cm de comprimento, tem púlvino (dilatação) na base e ápice (característico da família) e bifurca-se no ápice em 2 peciólulos (hastes secundarias) de 3 a 5 mm de comprimento. A base da folha é obliqua (desigual) e o ápice é apiculado (com ponta curta), lanceolado (em forma de lança) ou agudo, a nervação é peninérvea (como pena) e perceptível ou saliente na face dorsal, e a margem é lisa. As flores são hermafroditas, surgem em panículas (cacho composto) corimbosas (que saem dum mesmo eixo, mais terminam na mesma altura) ou em racemo (cacho com forma indefinida) terminal, com uma media de 7 a 30 flores de coloração castanha na forma de botão que mede 1 cm de diâmetro que são protegidas por 2 brácteas (tipo de folha modificada) veludosas, e quando aberta apresenta a coloração bege.
Dicas para cultivo: E uma árvore bastante rudimentar, pois na natureza, ocorre em terras argilosas ou no alto de morros, suportando muito bem períodos de 3 a 5 meses sem chuva. Pode ser cultivada desde o nível do mar até 1.800 m de altitude. No que se refere a chuvas aprecia índices variando de 1.200 a 2.000 mm anualmente. Com respeito ao tipo de solo, aprecia os terrenos bem drenados, profundos, ricos em matéria orgânica, arenosos, latossolos vermelhos ou argilosos, onde o pH é muito variável, de 4,5 a 7,0 dependendo do ambiente. A árvore é muito resistente a temperaturas baixas suportando até 3 graus negativos. A melhor época de plantio é no inicio da primavera em outubro. A árvore começa a frutificar com 8 a 10 anos após o plantio.
Mudas: Sementes são grandes e tem tegumento ou casca dura e por isso é dormente nas condições ambientais, podendo ser armazenada quando seca e limpa por até 2 anos. O melhor método de quebra da dormência é a escarificação da semente lixando-a ou esfregando-a em piso áspero de concreto ou mesmo, sob um ralo fino; e após esse procedimento as sementes devem ser colocadas na água até aumentaram de tamanho, quando poderão ser semeadas. Convém colocar uma semente por embalagem com dimensões de 7 cm de diâmetro e 22 cm de altura, preenchidos com substrato composto de 30%¨de areia saibro, 40% de composto orgânico (1 parte de esterco e 3 de folhas ou capim) bem curtido e 30% de terra vermelha. A germinação ocorre em 20 a 60 dias; as plântulas recém germinadas devem ficar em ambiente protegido com 50% de sombra e ser irrigadas somente para manter a terra umedecida. O crescimento das mudas é moderado, pois atingem 40 cm de altura com 7 a 9 meses após a germinação. Quando as mudas atingirem 30 cm é bom colocá-las em pleno sol para o caule ficar mais forte e as mudas mais resistentes.
Plantando: Pode ser plantada num espaçamento de 7 x 7 na região sudeste e sul ou 10 x 10 m nas regiões centro-oeste, norte e nordeste. As covas devem ser preparadas com 60 dias antes do plantio e ser abertas com 50 cm nas três dimensões e ser misturados aos 30 cm da terra de superfície 8 kg de matéria orgânica bem curtida, 1 kg de cinza, 250 g de farinha de osso e 50 g de N-P-K 10-10-10. A melhor época de plantio é de outubro a dezembro. A irrigação deve ser feita após o plantio da muda e uma vez por semana molhar com 10 l de água se não chover seguindo esse procedimento nos primeiros 3 meses após o plantio.
Cultivando: É indispensável a capina para que o mato não sufoque a planta, nesse estagio também é importante colocar capim seco na coroa da planta para manter a umidade e manter a temperatura do solo mais baixa para o bom desenvolvimento das raízes. A poda de formação segue 2 critérios; se o objetivo é produção de madeira todos os ramos laterais devem ser podados até que cresça na altura de 2 ou 3 m, para que produza um fuste (tronco) reto; e se o objetivo é a colheita de frutos convém podar o broto terminal e selecionar 3 ou 4 ramos para que cresçam e formem uma copa mais baixa. A adubação pode ser feita anualmente com 4 kg de composto orgânico bem curtido + 50 g de N-P-K 6-14-8 até o oitavo ano de idade, a partir do nono ano, coloca-se o dobro. Os adubos são distribuídos em círculos iniciando o a primeira adubação a 20 cm do tronco, a segunda a 40 cm e assim sucessivamente.
Usos: Frutifica nos meses de agosto a novembro. Os frutos contém uma polpa farinácea de agradável sabor, lembrando paçoquinha de amendoim com farinha de milho. A polpa dos frutos frescos pode ser consumida in-natura ou batida com leite ou transformada em gemada que é considerado um forte remédio para afecções pulmonares. Além disso, a farinha feita do fruto de Jatobá já seco pode ser usada na fabricação caseira ou industrial de bolos, tortas, pães, bolachas, bolinhos fritos, sequilhos, mingaus, licores, doces com chocolate ou coco, geléias, musses e sorvetes.
A polpa do Jatobá misturada com água e fermentada dá origem a uma bebida alcoólica chamada de atole e muito apreciada pelos povos do Peru e América central. A farinha de Jatobá é tão nutritiva como o fubá de milho.
Os mateiros e antigos sertanejos extraiam a seiva na forma de um liquido avermelhado, usando um trado para perfurar o tronco que segundo um informante me contou, só sai o ‘vinho de Jatobá se tirar em silêncio, nas noites de lua cheia, na madrugada antes do sol sair’. Esse vinho de Jatobá tem inúmeras qualidades curativas e o homem do campo o utiliza para curar a anemia e a convalescença.