Fruta do Conde
ou Pinha
Annona mucosa
Veja os benefícios da Fruta do Conde
A Fruta do Conde possui grandes quantidades nutrientes essenciais para saúde geral do corpo. A Pinha é nativa das florestas tropicais e é abundante no Brasil, ela também é conhecida como biribá, ata, pinha, araticum, fruta-da-condessa, condessa, ariticum, graviola-brava. A fruta do conde é da família das Annonaceae, sua Árvore é pequena e chega até 8 metros de altura, embora ela ainda não seja tão popular no prato dos brasileiros. Entretanto, não faltam motivos para incluir essa fruta no cardápio, já que é repleto de propriedades benéficas para a saúde. Confira agora alguns benefícios:
Valor Nutricional da Fruta do Conde: A Fruta do Conde é uma excelente fonte de vitaminas e minerais, tais como vitamina A, Vitamina B6, vitamina B1, vitamina B2, vitamina B5, vitamina C. e os Minerais como o Cálcio, Ferro, Potássio, Magnésio, Fósforo e ainda é rico em hidratos de carbono e proteínas.
Artrite: A Fruta do conde contém uma elevada quantidade de magnésio, ele ajuda a equilibra a água do corpo e remove os ácidos das articulações, reduzindo os sintomas do reumatismo e artrite. O consumo regular também ajuda a combater a fraqueza muscular. Além disso, a fruta do conde contém também uma quantidade razoável de cálcio, que é vital para a saúde óssea.
Rica em Fibras: A alta quantidade de fibra da fruta-pinha ajuda-as na luta contra a constipação, que é uma condição comum para muitas mulheres grávidas.
Rica em Antioxidantes: O fruto é uma excelente fonte de antioxidantes. Portanto, ajuda a remover as toxinas do corpo com sucesso.
Vitamina C: A fruta do conde é uma excelente fonte de vitamina C, a vitamina C é um anti-oxidante que ajuda a neutralizar os radicais livres, ajuda a prevenir o envelhecimento precoce das células e fortalece o sistema imunológico.
alivia dores de Cabeça: Uma folha umedecida ou folhas machucadas, colocada na testa e nas fontes, são usadas para provocar o sono e aliviar a enxaqueca.
olhos: A Fruta do conde contém riboflavina e vitamina C, este nutrientes ajudam a combater os radicais livres, mantendo assim, uma boa qualidade da visão.
pele e Cabelo: A Fruta do conde contém uma grande quantidade de vitamina A e vitamina C, este nutriente são muito benéfico para a manutenção da pele e do cabelo.
Vitamina A e C: A vitamina A e C na fruta-pinha é ótima para a pele, olhos, cabelos e tecidos corporais do feto no interior do útero. Verificou-se que comer fruta-pinha ajuda a construir os nervos do cérebro do feto. O consumo regular desta fruta sub-tropical é bom para o crescimento do bebê. Além disso, o fruto é igualmente benéfico para a mãe como para a criança.
Sistema Digestivo: A fruta do conde é rica em fibras, que ajudam no combater a prisão ventre e regular funcionamento do intestino, além de saciar a fome por mais tempo e auxiliar na eliminação de toxinas do corpo.
Combater Anemia: A fruta do conde é rica em dois nutrientes essenciais no combate da anemia. A combinação entre a vitamina C e ferro potencializa a absorção desse mineral pelo organismo. Além disso, a Fruta do conde ajuda na Regulação da pressão arterial e do ácido úrico no corpo também são alguns dos benefícios desta fruta.
diurético e energético: As folhas da fruta do conte ainda servem para o preparo de chás medicinais, que ajudam no alívio de cãibras, espasmos e colite.
O chá da casca da fruta do conde é benéfico no fortalecimento do estômago e do intestino.
Servido?
Cultivando
Da família Annonaceae, as anonas pertencem a diversas espécies, e as de interesse maior para São Paulo são as seguintes: (a) Annona squamosa L., fruta-do-conde: introduzida no Brasil (Bahia), em 1926, pelo Conde de Miranda e conhecida por esse nome em São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro; no Nordeste e Planalto Central, é chamada de pinha e no Norte, de ata.
É uma árvore de pequeno porte (4 a 5m de altura), com folhas de 6 a 7cm de comprimento, flores amarelo-esverdeadas, isoladas ou em cachos de 2 a 4. Os frutos são formados por numerosas protuberâncias, correspondentes às sementes. A polpa é branca ou creme, macia, doce e nutritiva; (b) Annona reticulata L. (condessa ou coração de boi): árvore mais vigorosa (6 a 7m de altura) e folhas mais largas que aquelas da fruta-do-conde, sendo desprovidas de pêlo, ao contrário dessa espécie. Os frutos são grandes, de casca lisa, polpa creme, pouco adocicada e de textura grosseira. Essas espécies originam-se da América Tropical. (c) Híbrido de anonas (A. cherimolia Mill. x A. squamosa L.) denominado atemóia, que apresenta características das duas espécies, com requisitos climáticos semelhantes à fruta-do-conde. Os frutos variam de 150 a 750g, têm a casca levemente rugosa e apresentam polpa mais saborosa e maior proporção polpa/semente que aqueles da fruta-do-conde. Todas perdem as folhas no inverno.
Cultivares: Somente o híbrido atemóia tem cultivares definidos: Gefner (melhor por ser mais produtivo, responder bem às podas de verão; é de maturação mediana); African Pride (frutos mais tardios) e Bradley (frutos mais precoces, assimétricos e suscetíveis à rachadura).
Clima e solo: Adaptam-se bem aos diversos climas, principalmente atemóia; entretanto, não toleram geada nem temperaturas muito baixas, notadamente, as plantas jovens e as adultas em fase de florescimento e maturação dos frutos. Preferem inverno seco e precipitação bem distribuída no período vegetativo. As temperaturas médias mais convenientes variam de 10 a 20ºC (mínimas) a 22 a 28ºC (máximas). O solo deve ser profundo, bem drenado e, preferivelmente, de textura leve, suprido de matéria orgânica.
Práticas de conservação do solo: Plantio em nível; terraceamento.
Propagação: Normalmente, é feita por sementes; entretanto, devem ser propagadas por enxertia, devido à grande variabilidade de plantas que aquele método proporciona, principalmente no caso do híbrido atemóia. A enxertia pode ser feita por borbulhia no verão ou garfagem no inverno. Os porta-enxertos mais indicados são: araticum-de-folha-miúda (Rollinia emarginata), fruta-do-conde e condessa (exceto para a própria espécie). Para a formação desses porta-enxertos, os germinadores devem estar levemente sombreados, conter bastante matéria orgânica e ser submetidos ao controle contra podridão. Transplantar a muda para saco plástico grande, contendo uma mistura peneirada e esterilizada feita com 1m3 de solo fértil, 300 litros de esterco de curral bem curtido, 2kg de termofosfato e 0,5kg de cloreto de potássio; com 4 e 5 meses de idade estarão aptas à enxertia.
Plantio: Realizar meses chuvosos em solos muito bem preparados com arações profundas. As covas devem ter as dimensões de 40 x 40 x 40cm e ser preparadas 60 dias antes do plantio para assentamento e fermentação da matéria orgânica . Para prevenir doenças das raízes e colo, o plantio deve ser alto (5cm do torrão acima do nível do solo), colocando-se terra para formar um montículo para escoamento da água de chuva.
Espaçamento: atemóia: 7 x 6m (quando feitas podas anuais) ou 9 x 7m. Demais espécies: 7 x 5 a 7 x 6m (plantas enxertadas) e 6 x 5m (pé-franco).
Mudas necessárias: 140 a 215/ha para atemóia e 215 a 300/ha para as demais.
Calagem e adubação: No mês anterior ao preparo das covas para plantio, aplicar calcário dolomítico de acordo com a análise de solo, para elevar a saturação por bases a 60%.
Adubação de plantio: Adicionar à terra extraída e ao esterco (2kg de esterco de galinha ou 10kg de esterco de curral), 160g de P2O5, 90g de K2O e 200 a 500g de calcário dolomítico, todos bem misturados antes de colocados na cova.
Adubação de formação: até o 3º ano, aplicações bimestrais no período chuvoso de 100 (na 1ª aplicação) a 600 g/planta (na última aplicação) de uma mistura de adubos contendo cerca de 10% de cada um dos nutrientes N, P2O5 e K2O.
Adubação de produção: A partir do 4º ano, aplicar 1.800 g/planta de uma mistura de cerca de 8% de N, 3% de P2O5 e 9% de K2O, em três aplicações anuais (outubro, janeiro e março). Periodicamente (2 a 3 anos), fazer análise de solo, aplicando calcário dolomítico e sulfato de zinco (15 a 20g) se necessários e, se possível, aplicar anualmente matéria orgânico.
Controle de pragas e doenças:
a) Broca-dos-frutos – O controle químico é pouco eficiente, além de prejudicar os polinizadores devendo-se adotar controles culturais como coleta e queima de todos os frutos atacados ou caídos no chão, ou, ainda, ensacamento dos frutos com papel manteiga;
b) Podridões de raízes e colo – Plantio como aquele indicado anteriormente e poda de formação descrita a seguir;
c) Antracnose dos frutos novos – Oxicloreto de cobre;
d) Cancro dos ramos – Eliminação e queima de todas as partes atacadas.
Podas:
a) Poda de formação – manter um tronco de 40 a 50cm, que proporciona maior aeração, próximo ao colo da planta para controle fitossanitário. Entre 50 a 70cm, formar três ou quatro pernadas bem distribuídas, deixando dois ramos de cada pernada, de 45 a 50cm; esses ramos podem emitir quatro brotos que deverão ser conduzidos de modo a proporcionar à copa a forma de taça. Nos ferimentos de corte, aplicar pasta cúprica contendo sal de cozinha;
b) Poda de produção – durante o verão (maior desenvolvimento das plantas), fazer poda leve, despontando os ramos escolhidos, de modo a ficarem com 40 a 50cm de comprimento; desse modo, provoca-se a emissão de ramos de florescimento, visando às produções fora da época normal. Depois de 30 a 40 dias ocorre o florescimento;
c) Poda de limpeza – abertura da copa e limitação de crescimento vertical: antes do novo período vegetativo eliminar ramos doentes, mal dispostos, em excesso e aqueles da parte superior da copa (se necessário).
Controle de plantas daninhas: herbicidas ou roçadeiras nas entrelinhas e capinas manuais cuidadosas próximo às plantas. Devido às doenças, não usar grades ou implementos pesados que movimentem muito o solo e causem ferimentos às raízes ao colo das plantas.
Desbaste dos frutos: Eliminar os frutos em excesso, principalmente na atemóia, e aqueles doentes, com defeitos, atacados pela broca ou que se encontrem encostados aos outros (ocorre maior ataque de broca).
Colheita: Os frutos amadurecem 100 a 120 dias após o florescimento, com mudança na coloração da casca que passa de verde-amarelada para creme-rosada na fruta-do-conde, de verde-amarelada para amarelo-avermelhada na condessa e de verde-clara-brilhante para verde-amarelada-pálida na atemóia. Esse ponto de colheita é fundamental para a qualidade do fruto. Ocorre de fevereiro a junho (pico em março e abril) para a atemóia e de dezembro a julho (pico em fevereiro e março) para as demais.
Produtividade normal: em frutos comerciáveis/pé/ano: fruta-do-conde: 75 (pé-franco) a 90 (enxertada); atemóia: 100.
Comercialização: logo após a colheita, os frutos são classificados, embalados em caixetas de madeira tipo uva e entregues nos entrepostos de venda.
Fonte: Boletim, IAC, 200, 1998.