Atemoia
Annona ssp.
Os Benefícios da Atemoia para Saúde.
Você sabia que a Atemoia foi obtida no início do século XX a partir de cruzamentos realizados na Flórida (Estados Unidos), na África do Sul e em Israel? A Atemoia é uma fruta híbrida que é obtida pelo cruzamento entre a cherimoia (Annona cherimola, Mill) com a fruta-pinha (Annona squamosa, L.), pertencentes à família das anonáceas – a mesma da graviola.
Veja os seus variados Benefícios:
1. Curar o Resfriado:
A Atemoia reduz a gravidade dos sintomas do frio e atua como um anti-histamínico eficaz que diminui os efeitos desagradáveis do resfriado comum, incluindo inflamação, corrimento nasal e dores. Também controla a alergia que causa o resfriado. Reduz o nível de histamina e muitas vezes reduz a duração do resfriado.
2. Melhorar a Digestão:
Uma fruta rica em fibras que ajuda o correto funcionamento do intestino, facilitando o processo de digestão.
3. Repelente de Insetos:
Formigas e mais formigas em sua casa? Coloque a polpa da Atemoia para secar e esmague-a para formar um pó. Misture o pó com água e deixe repousar uns dias. Agora é só colocar seu repelente nos lugares preferidos das formigas e elas vão embora.
4. Aliviar o Estresse:
A vitamina C presente na Atemoia ajuda o corpo a lidar com o estresse, reduzindo os níveis elevados de estresse, hormônios e cortisol.
5. Como Antioxidante:
A Atemoia é um antioxidante poderoso e eficaz que protege nosso corpo de radicais livres que causam estresse oxidativo, ou “ferrugem celular”, que pode levar a uma série de condições médicas severas, como a aterosclerose, que podem causar doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais.
6. Benefícios da Atemoia Para Hipertensão:
A Atemoia diminui a pressão arterial e diminui a probabilidade de hipertensão, bem como problemas de saúde graves que podem acompanhar a pressão arterial elevada.
7. Fornecimento de Fibras:
Ela é rica em fibras, importantíssimas para o adequado funcionamento intestinal, que além de diminuir a absorção de açúcar e de gordura é ideal para quem tem diabetes ou colesterol elevado.

Mais benefícios da Atemoia:
8. Regular o Intestino:
Por ser uma fruta composta por muitas fibras, a Atemoia é indicada para casos de prisão de ventre. Ela auxilia diretamente para a manutenção de um bom funcionamento do intestino e também para dar aquela sensação de saciedade após ser ingerida. A fruta também pode apresentar resultados bem positivos para o organismo, pois diminui a absorção de gorduras e açúcares.
9. Reduzir o Colesterol:
A fibra diurética presente na Atemoia, assim como a niacina, ajudam a reduzir o colesterol.
10. Combate a Anemia:
O ferro presente na Atemoia ajuda a prevenir e tratar a anemia.
11. Trata a Gripe:
Em comparação com a pinha, a Atemoia tem menos vitamina C (35,9 mg e 10,1 mg por cada 100 g de polpa, respectivamente), porém, ainda assim, seu consumo auxilia na recuperação de uma gripe já que esse nutriente fortalece as defesas do corpo. Além disso, a vitamina C ajuda na potencialização da absorção do ferro dos alimentos, participa do processo de cicatrização da pele e reduz a suscetibilidade a infecções.
12. Para Controlar a Diabetes:
A fibra presente na Atemoia faz com que o açúcar seja absorvido mais lentamente pelo organismo, prevenindo o aparecimento de diabetes tipo 2.
13. Para Regular a Pressão Arterial:
Devido à presença de potássio em sua polpa, a Atemoia auxilia na redução da pressão arterial, pois esse mineral é vaso dilatador. Usado pelo corpo para equilibrar a água, o potássio é também elemento necessário para a contração muscular. Uma dieta rica em potássio é ótima para praticantes de atividades físicas.
14. Para Controlar a Pressão Arterial:
O potássio e o magnésio presentes na Atemoia ajudam a controlar a pressão arterial.
15. Fornecimento de Vitaminas:
Especialistas indicam que a Atemoia é uma das frutas mais ricas em vitaminas, já que possui uma composição bem equilibrada com altos níveis de vitaminas B1 e B2, C1, Cálcio, Potássio e Ferro.
Veja a Diferença entre
Atemoia, Cherimoia, Graviola e Pinha

Cultivando
Da família Annonaceae, as anonas pertencem a diversas espécies, e as de interesse maior para São Paulo são as seguintes: (a) Annona squamosa L., fruta-do-conde: introduzida no Brasil (Bahia), em 1926, pelo Conde de Miranda e conhecida por esse nome em São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro; no Nordeste e Planalto Central, é chamada de pinha e no Norte, de ata.
É uma árvore de pequeno porte (4 a 5m de altura), com folhas de 6 a 7cm de comprimento, flores amarelo-esverdeadas, isoladas ou em cachos de 2 a 4. Os frutos são formados por numerosas protuberâncias, correspondentes às sementes. A polpa é branca ou creme, macia, doce e nutritiva; (b) Annona reticulata L. (condessa ou coração de boi): árvore mais vigorosa (6 a 7m de altura) e folhas mais largas que aquelas da fruta-do-conde, sendo desprovidas de pêlo, ao contrário dessa espécie. Os frutos são grandes, de casca lisa, polpa creme, pouco adocicada e de textura grosseira. Essas espécies originam-se da América Tropical. (c) Híbrido de anonas (A. cherimolia Mill. x A. squamosa L.) denominado atemoia, que apresenta características das duas espécies, com requisitos climáticos semelhantes à fruta-do-conde. Os frutos variam de 150 a 750g, têm a casca levemente rugosa e apresentam polpa mais saborosa e maior proporção polpa/semente que aqueles da fruta-do-conde. Todas perdem as folhas no inverno.
Cultivares: somente o híbrido atemoia tem cultivares definidos: Gefner (melhor por ser mais produtivo, responder bem às podas de verão; é de maturação mediana); African Pride (frutos mais tardios) e Bradley (frutos mais precoces, assimétricos e suscetíveis à rachadura).
Clima e solo: adaptam-se bem aos diversos climas, principalmente atemoia; entretanto, não toleram geada nem temperaturas muito baixas, notadamente, as plantas jovens e as adultas em fase de florescimento e maturação dos frutos. Preferem inverno seco e precipitação bem distribuída no período vegetativo. As temperaturas médias mais convenientes variam de 10 a 20º C (mínimas) a 22 a 28ºC (máximas). O solo deve ser profundo, bem drenado e, preferivelmente, de textura leve, suprido de matéria orgânica.
Práticas de conservação do solo: plantio em nível; terraceamento.
Propagação: normalmente, é feita por sementes; entretanto, devem ser propagadas por enxertia, devido à grande variabilidade de plantas que aquele método proporciona, principalmente no caso do híbrido atemoia. A enxertia pode ser feita por borbulhia no verão ou garfagem no inverno. Os porta-enxertos mais indicados são: araticum-de-folha-miúda (Rollinia emarginata), fruta-do-conde e condessa (exceto para a própria espécie). Para a formação desses porta-enxertos, os germinadores devem estar levemente sombreados, conter bastante matéria orgânica e ser submetidos ao controle contra podridão. Transplantar a muda para saco plástico grande, contendo uma mistura peneirada e esterilizada feita com 1m³ de solo fértil, 300 litros de esterco de curral bem curtido, 2kg de termofosfato e 0,5kg de cloreto de potássio; com 4 e 5 meses de idade estarão aptas à enxertia.
Plantio: realizar nos meses chuvosos em solos muito bem preparados com arações profundas. As covas devem ter as dimensões de 40 x 40 x 40cm e ser preparadas 60 dias antes do plantio para assentamento e fermentação da matéria orgânica. Para prevenir doenças das raízes e solo, o plantio deve ser alto (5cm do torrão acima do nível do solo), colocando-se terra para formar um montículo para escoamento da água de chuva.
Espaçamento: atemoia - 7 x 6m (quando feitas podas anuais) ou 9 x 7m. Demais espécies - 7 x 5 a 7 x 6m (plantas enxertadas) e 6 x 5m (pé-franco).
Mudas necessárias: 140 a 215/ha para atemoia e 215 a 300/ha para as demais.
Calagem e adubação: no mês anterior ao preparo das covas para plantio, aplicar calcário dolomítico de acordo com a análise de solo, para elevar a saturação por bases a 60%.
Adubação de plantio: adicionar à terra extraída e ao esterco (2kg de esterco de galinha ou 10kg de esterco de curral), 160g de P2O5, 90g de K2O e 200 a 500g de calcário dolomítico, todos bem misturados antes de colocados na cova.
Adubação de formação: até o 3º ano, aplicações bimestrais no período chuvoso de 100 (na 1ª aplicação) a 600 g/planta (na última aplicação) de uma mistura de adubos contendo cerca de 10% de cada um dos nutrientes N, P2O5 e K2O.
Adubação de produção: a partir do 4º ano, aplicar 1.800 g/planta de uma mistura de cerca de 8% de N, 3% de P2O5 e 9% de K2O, em três aplicações anuais (outubro, janeiro e março). Periodicamente (2 a 3 anos), fazer análise de solo, aplicando calcário dolomítico e sulfato de zinco (15 a 20g) se necessários e, se possível, aplicar anualmente matéria orgânica.
Controle de pragas e doenças:
a) broca-dos-frutos – o controle químico é pouco eficiente, além de prejudicar os polinizadores, devendo-se adotar controles culturais como coleta e queima de todos os frutos atacados ou caídos no chão, ou, ainda, ensacamento dos frutos com papel manteiga;
b) podridões de raízes e colo – plantio como aquele indicado anteriormente e poda de formação descrita a seguir;
c) antracnose dos frutos novos – oxicloreto de cobre;
d) cancro dos ramos – eliminação e queima de todas as partes atacadas.
Podas:
a) poda de formação – manter um tronco de 40 a 50cm, que proporciona maior aeração, próximo ao colo da planta para controle fitossanitário. Entre 50 a 70cm, formar três ou quatro pernadas bem distribuídas, deixando dois ramos de cada pernada, de 45 a 50cm; esses ramos podem emitir quatro brotos que deverão ser conduzidos de modo a proporcionar à copa a forma de taça. Nos ferimentos de corte, aplicar pasta cúprica contendo sal de cozinha;
b) poda de produção – durante o verão (maior desenvolvimento das plantas), fazer poda leve, despontando os ramos escolhidos, de modo a ficarem com 40 a 50cm de comprimento; desse modo, provoca-se a emissão de ramos de florescimento, visando às produções fora da época normal. Depois de 30 a 40 dias ocorre o florescimento; c) poda de limpeza – abertura da copa e limitação de crescimento vertical: antes do novo período vegetativo eliminar ramos doentes, mal dispostos, em excesso e aqueles da parte superior da copa (se necessário).
Controle de plantas daninhas: herbicidas ou roçadeiras nas entrelinhas e capinas manuais cuidadosas próximo às plantas. Devido às doenças, não usar grades ou implementos pesados que movimentem muito o solo e causem ferimentos às raízes e ao colo das plantas.
Desbaste dos frutos: eliminar os frutos em excesso, principalmente na atemoia, e aqueles doentes, com defeitos, atacados pela broca ou que se encontrem encostados aos outros (ocorre maior ataque de broca).
Colheita: os frutos amadurecem 100 a 120 dias após o florescimento, com mudança na coloração da casca que passa de verde-amarelada para creme-rosada na fruta-do-conde, de verde-amarelada para amarelo-avermelhada na condessa e de verde-clara-brilhante para verde-amarelada-pálida na atemoia. Esse ponto de colheita é fundamental para a qualidade do fruto. Ocorre de fevereiro a junho (pico em março e abril) para a atemoia e de dezembro a julho (pico em fevereiro e março) para as demais.
Produtividade normal: em frutos comerciáveis/pé/ano: fruta-do-conde: 75 (pé-franco) a 90 (enxertada); atemoia: 100.
Comercialização: logo após a colheita, os frutos são classificados, embalados em caixetas de madeira tipo uva e entregues nos entrepostos de venda.
Fonte: Boletim, IAC, 200, 1998.