Bacupari - Veja os benefícios, variedades, como cultivar
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Introdução
bacupari do cerrado

Bacupari

Garcinia brasiliensis

Os  benefícios da fruta Bacupari para saúde

                                      

  O bacupari é uma grande esperança nas pesquisas contra o câncer. Esta fruta da região amazônica apresenta um potencial três vezes maior do que o blueberry, fruta americana conhecida por pesquisadores como tendo um alto potencial antioxidante.

  Do mato para o laboratório: É esse o caminho para descobrir o poder das frutas nativas. E tem gente com essas preciosidades no quintal de casa.

 A fruta possui variadas propriedades terapêuticas tais como anti-inflamatória, cicatrizante, anticancerígena, reconstituinte e tônica.

 

  Pesquisas realizadas pela Unicamp isolaram  o 7-Epiclusianona (7EPI);  composto retirado das cascas e sementes do fruto, que possuem ação anticancerígena para vários tipos de tumores.

 

  A fruta é também conhecida como bacuri-mirim, bacoparé, bacopari-miúdo, bacuri-miúdo, escropari e limãozinho.

  O Bacupari pertence à família das Gutíferas e tem seu nome frequentemente confundido com o de seus parentes bacuri e bacuripari, mesmo em livros especializados. O Bacupari (Rheedia gardneriana) é um fruto de origem brasileira, encontrado em várias regiões do País, principalmente na região amazônica, e apreciado pelas famílias ribeirinhas. Bacuripari vem do tupi guarani e significa “fruta de cerca”, por causa dos ramos ascendentes que crescem na horizontal quando a planta nasce em áreas abertas ou ainda porque os índios a cultivavam para cercar suas roças.

Os Benefícios
fruta bacupari

                                 Confira os  benefícios do Bacupari:

 

  Para os Dentes: O Bacupari possui substâncias químicas que combatem os micróbios causadores de cáries. A 7-epiclusianona, encontrada no Bacupari, mostrou-se tão potente quanto a clorexidina, o antibiótico mais forte usado pelos dentistas. A vantagem da 7-epiclusianona sobre a clorexidina é que essa substância só mata as bactérias da boca, não escurece os dentes, não tem cheiro e nem gosto ruim.

 

 

  Para Câncer: Vários estudos brasileiros já mostraram uma grande eficácia do Bacupari para ajudar no combate de câncer de próstata, câncer de mama, tumores em geral e infecção no trato urinário, entre outros.

 

  Para Pele: As folhas do Bacupari são usadas para tratar doenças na pele, principalmente para tirar manchas.

 

 Para Curar Feridas: O Bacupari é utilizado na medicina popular em forma de chá para alívio de feridas e processos infeciosos e na prevenção de cáries dentárias.

 

  Para Intestino: Estudos anteriores já demonstravam a eficácia do Bacupari em matar bactérias que causam doenças no intestino.

 

 Para Tratar Aftas: Existem várias outras pessoas que bochecham o extrato do Bacupari para tratar a afta.

 

 

  Para os Rins: Existem também substâncias antibacterianas encontradas na casca do Bacupari. Há relatos de pessoas que usam as folhas da planta para tratar tumores e pedras no rim.

 

 

  Para o Rosto: O Bacupari funciona como um tônico que ajuda a limpar e a compensar algumas características da pele, como o excesso de oleosidade. Mantém o equilíbrio natural, revigora e recupera a vitalidade da pele.

 

 

  Para dar Energia: O Bacupari ajuda a dar mais energia ou a vitalidade dos tecidos após um período de fraqueza deixada por algumas doenças.

 

 

  Para Cicatrizar: Por conter propriedades anti-inflamatórias, o Bacupari ajuda a acelerar o processo de cicatrização de vários tipos de feridas, pois ajuda as células da pele a se recuperarem mais rapidamente.

Cultivando
Bacupari
Garcinia brasiliensis
bacupari do cerrado

Cultivando

 Nome: BACUPARI vem do tupi guarani e significa “fruta de cerca”, por causa dos ramos ascendentes que crescem na horizontal quando a planta nasce em áreas abertas ou ainda porque os índios cultivavam para cercar suas roças. Também recebe o nome de Uvacupari, Bacoparí e Laranjinha.

 

  Origem: Encontrado em todo o Brasil, na floresta Amazônica aparece nas florestas de terra firme, no cerrado surgem nas matas de galeria próximas a rios que descem das montanhas da mata atlântica e nesse ambiente está bem distribuída em formações primárias, em clareiras e nas restingas litorâneas desde o estado da Bahia até o Rio Grande do Sul. Na região sudeste a planta avança pelo interior e chega ao Pantanal, onde aparece com frequência nas bordas de matas.

 

    Características: Arbusto de 2 a 4 m de altura quando em pleno sol; mais no interior da mata se torna uma árvore com 6 a 20 m de altura. A copa em pleno sol se torna densa, globosa. O tronco é ereto, verde esbranquiçado quando jovem, passando a ficar castanho pardacento quando envelhece, este tem 10 a 30 cm de diâmetro, sua casca é fina e quando ferida exsuda látex amarelo, abundante. As folhas são opostas, simples, cartáceas ou coriáceas (de textura grossa), lanceolada (com forma de lança) ou oblonga (mais longa que larga) presa ao caule sob pecíolo (haste ou suporte) de 6 a 15 mm de comprimento e canaliculado (semelhante a calha). A lamina mede de 7 a 16 cm de comprimento por 2 a 6 cm de largura, a base é atenuada (que se afina gradativamente) e o ápice é acuminado (com ponta comprida) ou aguda (terminando em ponta fina). As flores surgem em fascículos (pequeno feixe) ou isolada na axila das folhas ou entrenós, sob pedicelo (haste de suporte) de 1,5 a 3,5 cm de comprimento. Cada flor mede 1 cm de diâmetro quando aberta, contem cálice (invólucro externo) reduzido a 2 sépalas membranáceas de 2 a 3 mm de comprimento, às vezes com canais marrons e corola (invólucro interno) com 4 a 5 pétalas livres, creme esbranquiçadas, reflexas (voltadas para a base) de 6 a 7 mm de comprimento por 3 a 5 mm de largura. Os frutos são bagas de 3 a 5 cm de comprimento por 2,5 a 3,5 cm de largura, arredondado ou oblongo (mais longo que largo) de casca lisa.

 

 

  Dicas para cultivo: É de fácil adaptação aos mais variados tipos de solo e climas, e por isso pode ser cultivado em todo o território brasileiro. Aprecia temperaturas médias de 12 a 28 graus para uma boa safra de frutos, embora seja resistente a quedas bruscas de temperatura de até -3 graus no Rio Grande do Sul, sendo indiferente a máximas de 43 graus quando cultivada no Nordeste e na Amazônia. Pode ser cultivado em solos argilosos de áreas inundáveis (plintossolo), em terra roxa ou vermelha de alta fertilidade (nitossolo ou latossolo) e solos brancos ou arenosos de rápida drenagem (argissolo); estes devem ter pH entre 4,5 a 7,0, sendo o nível de 6,0 ideal para cultura comercial e produção de frutos mais doces. As chuvas devem ser bem distribuídas e com uma estação seca de pelo menos 90 dias. Começa a frutificar com 4 a 5 anos após o plantio.

 

 

 

  Mudas: As sementes são alongadas e recalcitrantes (perdem o poder germinativo rapidamente), por isso devem ser plantadas (escolher sempre as maiores) logo que retiradas da polpa. O substrato de germinação deve conter 300 gramas de calcário para 100 litros de terra de superfície + 50 % de matéria orgânica bem curtida. As sementes germinam com 25 a 60 dias, com índice de germinação de 80%. As mudinhas podem ser transplantadas com 10 cm ou 6 folhas definitivas, em sacos de 30 cm de altura e 15 cm de largura contendo substrato isento de calcário e enriquecido com 40% de matéria orgânica bem curtida, pois o calcário só favorece a germinação, mas inibe o crescimento da muda. Após o transplante, as mudas devem ficar em sombreamento de 50% até atingirem 35 cm, quando devem ser transferidas para o sol pleno. As mudas crescem lentamente, ficando com 40 cm aos 15 meses de vida, quando já podem ser plantadas no local definitivo.

 

 

 

   Plantando: O espaçamento em pleno sol ou na sombra deve ser de no mínimo 5 x 5 m entre plantas. As covas devem ter 50 cm nas 3 dimensões e serem preparadas com 3 meses de antecedência, adicionando aos 30 cm da terra da superfície 4 kg de composto orgânico bem curtido, 50g de farinha de osso e 1 kg de cinzas de madeira que tem potássio e beneficiará o crescimento. O plantio deve ser feito no inicio das chuvas em setembro e outubro. Nos primeiros 3 meses convém fazer uma irrigação com 10 l de água a cada 15 dias.

 

 

 

  Cultivando: Não é exigente a irrigações frequentes, mais requer que a coroa de onde foi plantada tenha cerca de 10 cm de cobertura morta (capim seco) para manter a umidade. Fazer podas de limpeza e formação no inverno, eliminando os ramos que brotarem na base do tronco e os galhos cruzados ou voltados para o interior da copa. A adubação é feita com 500 g de cinza ou 150 g de cloreto de potássio no inicio da floração, beneficia a circulação da seiva da planta e evita as pipocas ou bolhas na casca do fruto. Nos meses de novembro faz-se a adubação orgânica de 6 kg de composto orgânico bem curtido, abrindo-se valas de 06 cm de largura, 30 cm de profundidade e 1 m de comprimento na projeção da copa.

 

 

 

  Usos: Frutifica nos meses de Dezembro a abril. Os frutos são adocicados, adstringentes e refrescantes, próprios para consumo in-natura. Até a casca pode ser consumida. A árvore é de belo efeito ornamental e não podem faltar no pomar de sua chácara ou fazenda e também estar presente em projetos de revegetação permanente. 

Fotos e Variedades
Fotos de algumas variedades
bacupari do cerrado
Bacupari Mirim, Ovalado Doce ou Mangostim Cereja ( Garcinia brasiliensis )
fruta bacupari

Bacupari Mirim

( Garcinia brasiliensis )

fruta bacupari
Bacupari de Frutos Redondos Doces
( Garcinia spp. )
fruta bacupari
Bacupari
( Garcinia gardneriana )
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